Código de Conduta: quando a retórica prevalece sobre a verdade

Após invadirem sua casa, Clyde Shelton (Gerard Butler) é forçado a assistir sua mulher e filha serem estupradas e mortas. A polícia consegue prender os dois suspeitos, mas o promotor do caso, Nick Rice (Jamie Foxx), não consegue usar evidências de DNA para incriminar os acusados. Até então Nick mantinha uma taxa de 96% de condenações, e correndo o risco de ver os dois suspeitos soltos, ele faz um acordo com Darby, um dos acusados (que é de fato o assassino): ele deve colocar a culpa no parceiro em troca de uma redução de pena.

Clyde fica inconformado com o acordo e com o modo como a justiça funciona. Anos se passam e Darby cumpre sua pena, porém, assim que é solto Clyde, com sede de vingança, o assassina e em seguida se entrega à polícia. Apesar de confessar o crime, o promotor do caso, Nick Rice, não consegue evidências para incriminá-lo. Durante a audiência (cena abaixo), Clyde pede para ser solto com fiança, cita alguns argumentos jurídicos, precedentes legais e em pouco tempo convence a juíza. No entanto, para surpresa geral da nação, começa a recriminá-la logo em seguida, criticando o modo absurdo como esses mesmos argumentos podem ser usados para que verdadeiros assassinos (como ele) sejam colocados em liberdade.

Clyde vai para a cadeia e lá planeja e executa uma vingança típica de Hollywood contra todo sistema judiciário do Estado.